De abril até agora, segundo o governo federal, 125 mil reservatórios
foram entregues e o governo federal gastou R$ 437 milhões na aquisição
das cisternas
O governo Dilma Rousseff não cumpriu nem metade da meta de entregar 130
mil cisternas até julho aos atingidos pela seca no Nordeste. Dos
reservatórios de água prometidos pela presidente no dia 2 de abril, em
evento com sete governadores em Fortaleza (Ceará), 59 mil foram
entregues no prazo. A ideia de acelerar a entrega de cisternas até
meados do ano tem um motivo climático. É nesse período que se encerra a
época de chuvas --ainda que escassas-- na região do semiárido. Os
moradores que receberam as cisternas no prazo e tiveram a sorte de
contar com alguma chuva conseguiram armazenar essa água para enfrentar
mais um período de meses de estiagem. O Ministério da Integração
Nacional coordena o programa. As cisternas são compradas e levadas aos
municípios, onde empresas locais cuidam da instalação. Além da meta de
130 mil até julho, Dilma falava em 240 mil até dezembro e um total de
750 mil até o final do de 2014, ano eleitoral. De abril até agora,
segundo o governo federal, 125 mil reservatórios foram entregues e o
governo federal gastou R$ 437 milhões na aquisição das cisternas. Em
municípios do interior do Ceará, como Acopiara e Canindé, as cisternas
de polietileno já se integraram à paisagem local: elas se acumulam em
depósitos a céu aberto à espera de instalação. Moradores da região se
cadastraram desde o início do ano para recebê-las. Quem já recebeu as
cisternas também enfrenta problemas. A Folha encontrou residências com
equipamentos entregues há meses, mas que ainda não foram instalados. A
agricultora Silvana de Araújo, 38, de Acopiara, afirma que o
reservatório foi deixado em seu quintal há quatro meses, sob a promessa
de uma instalação rápida. Até agora está parado.
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