No dia a dia, deixar o carro em casa e ir a pé à padaria, passear com
o cachorro e trocar o elevador pelas escadas também são atitudes
simples que podem contribuir para que as pessoas não deixem de se
movimentar
Agência Brasil- Com 51% da população acima de 18 anos com excesso de
peso, de acordo com a pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde,
atividades simples como caminhar, dançar, andar de bicicleta e
desempenhar atividades domésticas surgem como alternativas para os que
querem recuperar ou manter a forma física e não podem gastar com
academia. Essas atividades físicas estão entre as recomendadas pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) a quem tem mais de 18 anos.
No dia a dia, deixar o carro em casa e ir a pé à padaria, passear com o
cachorro e trocar o elevador pelas escadas também são atitudes simples
que podem contribuir para que as pessoas não deixem de se movimentar,
como explica a presidenta do Conselho Regional de Educação Física do
Distrito Federal, Cristina Calegaro.
“Quanto mais a pessoa se movimenta, mais ela quer se movimentar. Em vez
de pedir ao filho para pegar um copo de água, levante-se, sugere.
"Antes, não tínhamos controle remoto na TV e era preciso levantar para
mudar de canal. O avanço tecnológico também contribuiu para diminuir a
necessidade de movimento. Com pequenas mudanças de rotina, as pessoas
vão se movimentando e sentindo necessidade de mais movimento”, diz
Cristina.
A OMS recomenda a prática de 30 minutos de atividade física em cinco ou
mais dias por semana. Esse tempo pode ser contabilizado de forma
separada nas atividades do dia a dia, explica a professora do
Departamento de Nutrição da Universidade de Brasília Kênia Mara
Baiocchi. “A atividade física é qualquer movimento que você faça. É a
caminhada, a escada para não pegar elevador. E esses 30 minutos não
precisam ser juntos. Passear com o cachorro está valendo, cuidar da
casa, do jardim”, diz.
Uma alternativa que vem ganhando espaço são as academias em praças e
espaços públicos que reúnem um conjunto de equipamentos para incentivar a
prática de atividades físicas ao ar livre por iniciativa de governos
estaduais e municipais. A dona de casa Maria Selva, de 54 anos, que vive
no Paranoá, região administrativa do Distrito Federal, aderiu à prática
de atividades físicas em uma dessas academias.
Ela conta que recebeu recomendação médica para fazer atividade física
por ter diabetes e pressão alta. Procurando opções que não trouxessem
gastos extras, Maria Selva começou caminhar. “Eu não tinha condições de
pagar academia e também não há nenhuma perto da minha casa”, disse. A
atividade agradou, mas as companheiras de caminhada deixaram o exercício
e Maria Selva passou a se exercitar na academia da saúde. “Faço mais de
30 minutos de exercícios de segunda a sábado. Depois que comecei, senti
que tenho mais disposição, chego em casa mais disposta para trabalhar”,
contou.
A profissional de educação física Cristina Calegaro alerta para o
cuidado de não exagerar nos exercícios físicos nas academias públicas,
já que os frequentadores não contam com a orientação de um professor.
A pesquisa Vigitel mostra que, à medida que a idade avança, as pessoas
se exercitam menos. No grupo pesquisado entre 18 e 24 anos, 47,6% fazem
atividade física no tempo livre. O percentual se reduz gradativamente e,
a partir dos 65 anos, é apenas 23,6%. Dos pesquisados acima de 18 anos,
a pesquisa mostra que as mulheres são as que menos se exercitam no
tempo livre. Enquanto 41,5% dos homens fazem atividade física no tempo
livre, o percentual é 26,5% das mulheres.
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