terça-feira, 26 de março de 2013

ONU exige o fim do trabalho escravo

 


O secretário geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, fez nesta segunda um chamado a intensificar os esforços para acabar com os resquícios de escravidão que ainda existem no mundo e a refletir sobre as consequências contemporâneas dessa tragédia.
O titular da ONU comemorou assim o Dia Internacional em Memória das Vítimas da Escravidão e do Tráfico Transatlântico de Escravos (25 de março).
Em uma mensagem escrita para a ocasião, Ban Ki-moon relembrou as 15 milhões de pessoas submetidas a esse flagelo humano durante mais de 400 anos.
Foram africanos e pessoas de descendência africana submetidas a essa brutalidade e que continuam sofrendo suas consequências, apontou ao destacar a necessidade de não esquecer "esse crime mundial de lesa humanidade".
Denunciou a tortura, as violações e o assassinato de homens, mulheres e crianças inocentes, famílias destruídas, as vidas desarraigadas e as horrorosas condições de vida nos navios negreiros e nas plantações.
"O tempo não pode enterrar esses ultrajes no esquecimento. Temos que avaliá-los, entender e condená-los", insistiu.
Ban Ki-moon falou que o combate a manifestações contemporâneas de escravidão, racismo, discriminação racial, xenofobia e outras formas de intolerância deve continuar.
Esta segunda-feira é o último dia de uma semana de atividades que incluiu a exposição de cópias da Proclamação da Emancipação dos Estados Unidos, assinada por Abraham Lincoln, e da décima terceira Emenda constitucional (abolição da escravatura).
Também foram realizados um painel intitulado Livres para sempre para comemorar a emancipação, apresentações de livros sobre o tema, uma "noite cultural e culinária" e um concerto.
Este ano diversos países comemoram o aniversário da abolição da escravatura, como Haiti (220), Canadá, os países da Federação das Índias Ocidentais Britânicas e o Cabo da Boa Esperança (180), França (165), Argentina (160), as colônias holandesas (150) e Brasil (125).
Assim como se comemoram 150 anos da Proclamação da Emancipação dos Estados Unidos que, no dia 1 de janeiro de 1863, declarou a liberdade de todas as pessoas mantidas como escravos.
Atualmente, a ONU está dedicada a construir um Memorial em homenagem às vítimas da escravidão na sua sede de Nova York, com um custo de quatro milhões 500 mil dólares.
A ONU também comemora todo dia 2 de dezembro o Dia Internacional para a Abolição da Escravidão, em homenagem ao mesmo dia de 1949, quando foi aprovada a Convenção para a Supressão do Tráfico de Pessoas e da Exploração da Prostituição de Outrem.

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